Com a economia paralisada e o desemprego que aumentará em decorrência do isolamento social necessário para desacelerar a covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, cresce no mundo o debate sobre a renda básica —dinheiro distribuído pelo governo para todos os cidadãos, ou para uma parcela deles.
Até países como os Estados Unidos, coração do capitalismo, vêm avançando em propostas do tipo - o Congresso norte-americano aprovou na última semana um pacote que prevê até R$ 15 mil por família de classe média.
No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou inicialmente R$ 200, durante três meses, para 38 milhões de trabalhadores informais e autônomos. Bombardeado por críticas, o governo assistiu à Câmara dos Deputados subir o valor para R$ 500. Pressionado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse durante a sessão que aceitava R$ 600. Na última quinta (26), foi aprovado por unanimidade o projeto de lei que garante R$ 600 como auxílio emergencial para trabalhadores sem carteira assinada.
A medida ainda tem que passar pelo Senado.
O estado de calamidade que o país atravessa destravou as engrenagens do Estado brasileiro para aprovar o projeto. A ideia, porém, não é nova, nem exclusividade do Brasil.